sábado, 3 de agosto de 2013

Caras professoras do PAA II,

Estes são os itens (as questões) de Português da Prova Brasil de 2011. Trabalhe-os com seus alunos, pois isso os deixará menos ansiosos e mais familiarizados com a prova.

Equipe PAA-Petrolina.
Tópico I – Procedimentos de Leitura

Descritor 1 – Localizar informações explícitas em um texto

Que habilidade pretendemos avaliar?

A habilidade que pode ser avaliada por este item relaciona-se à localização pelo aluno de uma informação solicitada, que pode estar expressa literalmente no texto ou pode vir manifesta por meio de uma paráfrase, isto é, dizer de outra maneira o que se leu.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto-base que dá suporte ao item, no qual o aluno é orientado a localizar as informações solicitadas seguindo as pistas fornecidas pelo próprio texto. Para chegar à resposta correta, o aluno deve ser capaz de retomar o texto, localizando, dentre outras informações, aquela que foi solicitada.

Exemplo de item:

O disfarce dos bichos

Você já tentou pegar um galhinho seco e ele virou bicho, abriu asas e voou? Se isso aconteceu é porque o graveto era um inseto conhecido como “bicho-pau”. Ele é tão parecido com o galhinho, que pode ser confundido com o graveto.

Existem lagartas que se parecem com raminhos de plantas. E há grilos que imitam folhas.

Muitos animais ficam com a cor e a forma dos lugares em que estão. Eles fazem isso para se defender dos inimigos ou capturar outros bichos que servem de alimento. Esses truques são chamados de mimetismo, isto é, imitação.

O cientista inglês Henry Walter Bates foi quem descobriu o mimetismo. Ele passou 11 anos na selva amazônica estudando os animais.

MAVIAEL MONTEIRO, José. Bichos que usam disfarces para defesa. FOLHINHA, 6 NOV. 1993.

O bicho-pau se parece com

(A) florzinha seca.

(B) folhinha verde.

(C) galhinho seco.

(D) raminho de planta.

 

Resposta: C

 

Descritor 3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

 

Exemplo de item:

Bula de remédio

VITAMIN

COMPRIMIDOS

embalagens com 50 comprimidos

COMPOSIÇÃO

Sulfato ferroso .............................. 400 mg

Vitamina B1 .................................. 280 mg

Vitamina A1 .................................. 280 mg

Ácido fólico ................................... 0,2 mg

Cálcio ............................................. 150 mg

INFORMAÇÕES AO PACIENTE

O Produto, quando conservado em locais frescos e bem ventilados, tem validade de

12 meses.

É conveniente qeu o médico seja avisado de qualquer efeito colateral.

INDICAÇÕES

No tratamento das anemias.

CONTRA-INDICAÇÕES

Não deve ser tomado durante a gravidez.

EFEITOS COLATERAIS

Pode causar vômito e tontura em pacientes sensíveis ao ácido fólico da fórmula.

POSOLOGIA

Adultos: um comprimido duas vezes ao dia. Crianças: um comprimido uma vez ao dia.

LABORATÓRIO INFARMA S.A.

Responsável - Dr. R. Dias Fonseca

CÓCCO, Maria Fernandes; HAILER,

Marco Antônio. Alp Novo: análise,

linguagem e pensamento. São Paulo:

FTD, 1999.v.2.p.184.

No texto, a palavra COMPOSIÇÃO indica

(A) as situações contra-indicadas do remédio.

(B) as vitaminas que fazem falta ao homem.

(C) os elementos que formam o remédio.

   (D) os produtos que ausam anemias.

 

   Resposta: C

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Sugere-se que os professores trabalhem com os alunos os sentidos que as pa­lavras e as expressões podem adquirir em determinado contexto.

 

Descritor 4 – Inferir uma informação implícita no texto

Que habilidade pretendemos avaliar?

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer uma idéia implícita no texto, seja por meio da identificação de sentimentos que dominam as ações externas dos personagens, em um nível mais básico, seja com base na identificação do gênero textual e na transposição do que seja real para o imaginário. É importante que o aluno apreenda o texto como um todo, para dele reti­rar as informações solicitadas.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno deve buscar informações que vão além do que está explícito, mas que, à medida que ele vai atribuindo sentido ao que está enunciado no texto, vai deduzindo o que lhe foi solici­tado. Ao realizar este movimento, há o estabelecimento de relações entre o texto e o seu contexto pessoal.

Por meio deste item, pretendemos verificar se o aluno consegue inferir uma in­formação que está sendo solicitada e que não está na base textual, ou seja, o aluno deve ser levado a não só assimilar o que o texto diz, mas também como e para que diz (Kato, 1990, p. 131).

Exemplo de item:

Talita

Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos objetos da casa, e tinham de ser nomes que rimassem. Assim, por exemplo, a mesa, para Talita, era Dona Teresa, a poltrona era Vó Gordona, o armário era o Doutor Mário. A escada era Dona Ada, a

escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadora era Prima Dora, e assim por diante.

Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira. Então, podiam-se

ouvir conversas tipo como esta:

— Filhinha, quer trazer o jornal que está em cima da Tia Sinhazinha!

— É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu vou num pé e volto

noutro.

Ou então:

— Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada! Precisa chamar o

mecânico.

— Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né mamãe?

E todos riam.

BELINKY, Tatiana. A operação do Tio Onofre: uma história policial. São Paulo: Ática, 1985.

 

A mania de Talita de dar nome de gente aos objetos da casa demonstra que ela é

(A) curiosa.

(B) exagerada.

(C) estudiosa.

(D) criativa.

 

   Resposta: D

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Pode-se destacar que textos que, normalmente, compõem-se de escrita e ima­gem (tirinhas, propagandas, rótulos, etc.) colaboram para o desenvolvimento da ha­bilidade de inferir, sendo o professor um mediador para que os alunos estabeleçam relações entre os diferentes elementos presentes no texto, discutindo também as diferentes possibilidades de interpretações apresentadas por eles.

 

Descritor 6 – Identificar o tema de um texto

Que habilidade pretendemos avaliar?

A habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor refere-se ao re­conhecimento pelo aluno do assunto principal do texto, ou seja, identificar do que trata o texto. Para que o aluno identifique o tema, é necessário que ele relacione as diferentes informações para construir o sentido global do texto.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto para o qual é solicitado, de

forma direta, que o aluno identifique o tema ou o assunto principal.

Exemplo de item:

A Boneca Guilhermina

Esta é a minha boneca, a Guilhermina. Ela é uma boneca muito bonita, que faz xixi e cocô. Ela é muito boazinha também. Faz tudo o que eu mando. Na hora de dormir, reclama um pouco. Mas depois que pega no sono, dorme a noite inteira! Às vezes ela acorda no meio da noite e diz que está com sede. Daí eu dou água para ela. Daí ela faz xixi e eu troco a fralda dela. Então eu ponho a Guilhermina dentro do armário, de castigo. Mas quando ela chora, eu não agüento. Eu vou até lá e pego a minha boneca no colo. A Guilhermina é a boneca mais bonita da rua.

MUILAERT, A. A boneca Guilhermina. In: __ As reportagens de Penélope. São Paulo:

Companhia das Letrinhas, 1997. p. 17. Coleção Castelo Rá-Tim-Bum – vol. 8.

O texto trata, PRINCIPALMENTE,

(A) de uma boneca muito especial.

(B) das brincadeiras de uma boneca.

(C) das aventuras de uma menina.

   (D) do dia-a-dia de uma menina.

 

   Resposta: A

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Este resultado, mais uma vez, reforça a necessidade de a escola trabalhar em um nível de atividade que ultrapasse a superfície do texto, conduzindo o aluno a estabelecer relações entre as informações explícitas e implícitas, a fim de que ele faça inferências textuais e elabore uma síntese do texto. Os textos informativos são excelentes para se desenvolver essa habilidade.

Descritor 11 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

Que habilidade pretendemos avaliar?

Por meio de itens referentes a este descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto, um fato relatado e diferenciá-lo do comentário que o au­tor, ou o narrador, ou o personagem fazem sobre esse fato.

Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno é solicitado a distinguir as partes dele referentes a um fato e as relativas a uma opinião relacio­nada ao fato apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum personagem.

Exemplo de item:

A raposa e as uvas

Num dia quente de verão, a raposa passeava por um pomar. Com sede e

calor, sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.

“Que delícia”, pensou a raposa, “era disso que eu precisava para adoçar a

minha boca”. E, de um salto, a raposa tentou, sem sucesso, alcançar as uvas.

Exausta e frustrada, a raposa afastou-se da videira, dizendo: “Aposto que es-

tas uvas estão verdes.”

Esta fábula ensina que algumas pessoas quando não conseguem o que que-

rem, culpam as circunstâncias.

(http://www1.uol.com.br/crianca/fabulas/noflash/raposa. htm)

A frase que expressa uma opinião é

(A) “a raposa passeava por um pomar.” (ℓ. 1)

(B) “sua atenção foi capturada por um cacho de uvas.” (ℓ. 2)

(C) “aposto que estas uvas estão verdes” (ℓ. 5-6)

   (D) “a raposa afastou-se da videira” (ℓ. 5)

 

   Resposta: C

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Para trabalhar em sala de aula a habilidade de estabelecer a diferença en­tre fato e opinião sobre o fato, sugerimos que o professor recorra a gêneros tex­tuais variados, especialmente os que apresentam estrutura narrativa como contos (fragmentos) e crônicas.

Os textos argumentativos também se prestam para trabalhar essa habilidade. Porém, é importante que o professor leve o aluno a compreender as situações criadas pelos instrumentos gramaticais, como as expressões adverbiais e as denota­tivas, em vez de limitar o trabalho à mera referencialidade ou influência externa de intromissão do locutor/produtor/narrador no texto.

 

Tópico II – Implicações do suporte, do gênero e/ou enunciador na compreen­são do texto

 

Descritor 5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propa­gandas, quadrinhos, fotos, entre outros)

Que habilidade pretendemos avaliar?

Por meio de itens referentes a este descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a utilização de elementos gráficos (não-verbais) como apoio na construção do sentido e interpretar textos que utilizam linguagem verbal e não-verbal (textos multissemióticos).

Essa habilidade pode ser avaliada por meio de textos compostos por gráfi­cos, desenhos, fotos, tirinhas, charges. Para demonstrar essa habilidade, não basta apenas decodificar sinais e símbolos, mas ter a capacidade de perceber a interação entre a imagem e o texto escrito. A integração de imagens e palavras contribui para a formação de novos sentidos do texto.

 

Exemplo de item:

O autor desses quadrinhos pretendeu chamar a atenção para a

(A) poesia “Canção do exílio”, que fala da terra.

(B) necessidade de preservar as árvores.

(C) vida de passarinho solitário.

  (D) volta o sabiá para sua casa.

 

   Resposta: B

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Levando em conta que grande parte dos textos com os quais nos deparamos nas diversas situações sociais de leitura exige que se integre texto escrito e mate­rial gráfico para sua compreensão, a escola pode contribuir para o desenvolvimento dessa habilidade à medida que explore a integração de múltiplas linguagens como forma de expressão de idéias e sentimentos.

Para trabalhar essa habilidade, o professor deve levar para a sala de aula a maior variedade possível de textos desse gênero. Além das revistas em quadrinhos e das tirinhas, pode-se explorar materiais diversos que contenham apoio em recursos gráficos. Esses materiais vão de peças publicitárias e charges de jornais aos textos presentes em materiais didáticos de outras disciplinas, tais como gráficos, mapas, tabelas, roteiros.

 

Descritor 09 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

Que habilidade pretendemos avaliar?

A habilidade que pode ser avaliada com itens relativos a este descritor diz respeito ao reconhecimento, por parte do aluno, do gênero ao qual se refere o tex­to-base, identificando, dessa forma, qual o objetivo do texto: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, comentar, divertir, solicitar, recomendar etc.

Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de textos integrais ou de fragmentos de textos de diferentes gêneros, como notícias, fábulas, avisos, anúncios, cartas, convites, instruções, propagandas, entre outros, em que solicita-se ao aluno a identificação explícita de sua finalidade.

Este descritor avalia, por meio do item, se o aluno compreende qual é a função social do texto. A partir da leitura como um todo, ele deve perceber a intencionali­dade do autor, isto é, seus propósitos.

Exemplo de item:

EVA FURNARI

EVA FURNARI - Uma das principais figuras da literatura para crianças. Eva Furnari nasceu em Roma (Itália) em 1948 e chegou ao Brasil em 1950, radicando-se em São Paulo. Desde muito jovem, sua atração eram os livros de estampas e não causa estranhamento algum imaginá-Ia envolvida com cores, lápis e pincéis, dese- nhando mundos e personagens para habitá-Ios...

Suas habilidades criativas encaminharam-na, primeiramente, ao universo das Artes Plásticas expondo, em 1971, desenhos e pinturas na Associação dos Amigos do Museu de Arte Moderna, em uma mostra individual. Paralelamente, cursou a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, formando-se no ano de 1976. No en­tanto, erguer prédios tornou-se pouco atraente quando encontrou a experiência das narrativas visuais.

Iniciou sua carreira como autora e ilustradora, publicando histórias sem texto verbal, isto é, contadas apenas por imagens. Seu primeiro livro foi lançado pela Ática, em 1980, Cabra-cega, inaugurando a coleção Peixe Vivo, premiada pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil -FNLlJ.

Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu muitos prêmios, entre eles con­tam o Jabuti de “Melhor Ilustração” - Trucks (Ática, 1991), A bruxa Zelda e os 80 docinhos (1986) e Anjinho (1998) - setes láureas concedidas pela FNLlJ e o Prêmio APCA pelo conjunto de sua obra.

http://caracal. imaginaria. cam/autog rafas/evafurnari/index. html

 

A finalidade do texto é

(A) informar sobre a vida de uma autora.

(B) divulgar os livros de uma autora.

(C) apresentar dados sobre vendas de livros.

  (D) instruir sobre o manuseio de livros.

  

   Resposta: A

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

É importante que, no trabalho com este descritor, sejam criadas estratégias de ensino em que se discuta a diferença entre relatar uma informação ou informar algo, enfatizando-se que, ao relatar, você estará contando um fato e trabalhando com textos narrativos, necessariamente, e, ao informar, tem-se o propósito de apre­sentar idéias ou conhecimentos novos com o objetivo de aumentar o conhecimento do leitor.

Além disso, é importante, também, que o professor trabalhe em sala de aula com textos de gêneros variados: notícias, avisos, anúncios, cartas, artigos, entre outros, evidenciando não o assunto do texto, mas a sua finalidade. Por exemplo, o aluno deve saber para que serve um currículo, ou um artigo de lei.

 

 

Tópico III – Relação entre textos

 

Descritor 15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido

Que habilidade pretendemos avaliar?

Por meio de itens associados a este descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer as diferenças entre textos que tratam do mesmo assunto, em função do leitor-alvo, da ideologia, da época em que foi produzido e das suas inten­ções comunicativas. Por exemplo, historinhas infantis satirizadas em histórias em quadrinhos ou poesias clássicas utilizadas como recurso para análises críticas de problemas do cotidiano.

Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de dois ou mais textos, de mes­mo gênero ou de gêneros diferentes, tendo em comum o mesmo tema, para os quais é solicitado o reconhecimento das formas distintas de abordagem.

CONVITE 2
 



Exemplo de item:


CONVITE 1
 


 

 



Ao compararmos os dois convites notamos que são diferentes porque

A) os dois pertencem ao mundo real.

(B) os dois pertencem ao mundo imaginário.

  (C) os dois têm as mesmas informações para os convidados.

  (D) apenas o primeiro convite pertence ao mundo real. 

 

   Resposta: D

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Uma estratégia interessante para o desenvolvimento dessa habilidade é propor­cionar aos alunos a leitura de textos diversos relacionados a um mesmo tema e con­tendo diferentes idéias. Os textos podem ser retirados de jornais, revistas, Internet, livros, campanhas publicitárias, entre outros. Esse trabalho pode despertar neles a consciência de que há vários gêneros de textos , os quais, embora tratem de um mesmo tema, podem expressar sentidos diferenciados conforme a intenção do au­tor.

Outra estratégia é trabalhar com os alunos a produção textual abordando um mesmo tema. Com essa atividade, o professor pode explorar as diferentes formas de produção do tema trabalhado, despertando nos alunos atitudes críticas e reflexi­vas.

As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação dos textos.

 

 

Tópico IV – Coerência e coesão no processamento do texto

 

 

Descritor 2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um tex­to

Que habilidade pretendemos avaliar?

Diferentes partes de um texto podem estar interligadas por uma expressão que se repete literalmente ou que é substituída por um pronome, um sinônimo, um hiperônimo, por exemplo. Por essas vias, nada no texto está solto. Tudo continua e se articula numa rede de relações, de forma que o texto resulta numa unidade, num todo articulado e coerente.

Um item que se destina a avaliar tal habilidade deve solicitar do aluno o reco-nhecimento desses nexos, ou seja, a identificação dos segmentos que constituem um laço, que promovem um encadeamento.

Com este item, podemos avaliar a habilidade do aluno em relacionar uma in­formação dada a outra informação nova introduzida por meio do uso de um pro­nome. Verifica-se que o pronome oblíquo “la” retoma a palavra “Narizinho” situada no primeiro parágrafo do fragmento do texto.

   Exemplo de item:

A Costureira das Fadas

(Fragmento)

Depois do jantar, o príncipe levou Narizinho à casa da melhor costureira do reino. Era uma aranha de Paris, que sabia fazer vestidos lindos, lindos até não poder mais! Ela mesma tecia a fazenda, ela mesma inventava as modas.

– Dona Aranha – disse o príncipe – quero que faça para esta ilustre dama o vestido mais bonito do mundo. Vou dar uma grande festa em sua honra e quero vê-la deslumbrar a corte.

Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou da fita métrica e, ajudada por seis aranhinhas muito espertas, principiou a tomar as medidas. Depois teceu depressa, depressa, uma fazenda cor-de-rosa com estrelinhas douradas, a coisa mais linda que se possa imaginar. Teceu também peças de fita e peças de renda e de entremeio — até carretéis de linha de seda fabricou.

MONTEIRO LOBATO, José Bento. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1973.

A expressão vê-la (ℓ. 5) se refere à

(A) Narizinho.

(B) Cinderela.

(C) Dona Aranha.

  (D) Fada.

 

   Resposta: A

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

O professor, ao trabalhar o texto com os alunos, deve exercitar a coesão textual, isto é, a relação que as palavras e frases de um texto mantêm entre si. Sugere-se que o professor trabalhe, na 4ª séie/5ª ano, principalmente, a referência pessoal, representada pelos pronomes pessoais e a coesão textual, por meio da reiteração de termos sinônimos ou palavras afins que pertençam a um mesmo campo semântico. Os textos verbais, de gêneros variados, prestam-se a esse tipo de exercício.

 

Descritor 7 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa

Que habilidade pretendemos avaliar?

Toda narrativa obedece a um esquema de constituição, de organização, que, salvo algumas alterações, compreende as seguintes partes:

I) Introdução ou Apresentação – corresponde ao momento inicial da narrativa, marcado por um estado de equilíbrio, em que tudo parece conformar-se à normali­dade. Do ponto de vista da construção da narrativa, nesta parte, são indicadas as circunstâncias da história, ou seja, o local e o tempo em que decorrerá a ação e apresentadas as personagens principais (os protagonistas); tal apresentação se dá por meio de elementos descritivos (físicos, psicológicos, morais, e outros). Cria-se, assim, um cenário e um tempo para os personagens iniciarem suas ações; já se pode antecipar alguma direção para o enredo da narrativa. É, portanto, o segmento da ordem existente.

II) O segundo momento – Desenvolvimento e Complicação – corresponde ao bloco em que se sucedem os acontecimentos, numa determinada ordem e com a intervenção do(s) protagonistas. Corresponde, ainda, ao bloco em que se instala o conflito, a complicação ou a quebra daquele equilíbrio inicial, com a intervenção opositora do(s) antagonista(s) – (personagem (ns) que, de alguma forma, tenta(m) impedir o protagonista de realizar seus projetos, normalmente positivos). É, portan­to, o segmento da ordem perturbada.

III) O terceiro momento – Clímax – corresponde ao bloco em que a narrativa chega ao momento crítico, ou seja, ao momento em que se viabiliza o desfecho da nar­rativa.

IV) O quarto e último momento – Desfecho ou desenlace – corresponde ao seg­mento em que se dá a resolução do conflito. Dentro dos padrões convencionais, em geral, a narrativa acaba com um desfecho favorável. Daí o tradicional “final fe­liz”. Esse último bloco é o segmento da ordem restabelecida.

Um item vinculado a esse descritor deve levar o aluno a identificar um desses elementos constitutivos da estrutura da narrativa. Evidentemente, o texto utilizado deve ser do tipo narrativo.

 

Exemplo de item:

A Raposa e o Cancão

Passara a manhã chovendo, e o Cancão todo molhado, sem poder voar, estava tristemente pousado à beira de uma estrada. Veio a raposa e levou-o na boca para os filhinhos. Mas o caminho era longo e o sol ardente. Mestre Cancão enxugou e começou a cuidar do meio de escapar à raposa. Passam perto de um povoado. Uns meninos que brincavam começam a dirigir desaforos à astuciosa caçadora. Vai o Cancão e fala:

— Comadre raposa, isto é um desaforo! Eu se fosse você não agüentava! Pas­sava uma descompostura!...

A raposa abre a boca num impropério terrível contra a criançada. O Cancão voa, pousa triunfantemente num galho e ajuda a vaiá-la...

CASCUDO, Luís Câmara. Contos tradicionais do Brasil. 16ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001.

No final da história, a raposa foi

(A) corajosa.

(B) cuidadosa.

(C) esperta.

  (D) ingênua.

 

   Resposta: D

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

O professor pode utilizar várias estratégias para desenvolver essa habilidade no aluno. Ele deve partir de textos simples em que pode ser observada, com maior facili­dade, a estrutura organizacional dos textos, solicitando que ele indique as partes que os compõem. Paulatinamente, ele deve ir utilizando textos mais complexos e solicitar produções nas quais ele explicite o início, o desenvolvimento e o fim de narrativas, com suas dinâmicas geradoras.

Descritor 8 – Estabelecer a relação causa/conseqüência entre partes e elementos do texto

Que habilidade pretendemos avaliar?

Por meio de itens referentes a este descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer os motivos pelos quais os fatos são apresentados no texto, ou seja, as relações expressas entre os elementos que se organizam, de forma que um é re­sultado do outro.

Entende-se como causa/conseqüência todas as relações entre os elementos que se organizam de tal forma que um é resultado do outro. Para avaliar essa habili­dade, pode-se pedir ao leitor para reconhecer relações de causa e efeito, problema e solução, objetivo e ação, afirmação e comprovação, justificativa, motivo e comporta­mento, pré-condição, entre outras.

Exemplo de item:

A Costureira das Fadas

Depois do jantar, o príncipe levou Narizinho à casa da melhor costureira do reino. Era uma aranha de Paris, que sabia fazer vestidos lindos, lindos até não poder mais! Ela mesma tecia a fazenda, ela mesma inventava as modas.

– Dona Aranha – disse o príncipe – quero que faça para esta ilustre dama o vestido mais bonito do mundo. Vou dar uma grande festa em sua honra e quero vê-la deslumbrar a corte.

Disse e retirou-se. Dona Aranha tomou da fita métrica e, ajudada por seis ara­nhinhas muito espertas, principiou a tomar as medidas. Depois teceu depressa, de­pressa, uma fazenda cor-de-rosa com estrelinhas douradas, a coisa mais linda que se possa imaginar. Teceu também peças de fita e peças de renda e de entremeio — até carretéis de linha de seda fabricou.

MONTEIRO LOBATO, José Bento. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1973.

 

O príncipe quer dar um vestido para Narizinho porque

(A) ela deseja ter um vestido de baile.

(B) o príncipe vai se casar com Narizinho.

  (C) o príncipe fará uma festa para Narizinho.

(D) ela deseja um vestido cor-de-rosa.

 

   Resposta: C

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Para trabalhar as relações de causa e conseqüência, o professor pode se valer de textos verbais de gêneros variados, em que os alunos possam reconhecer as múl­tiplas relações que contribuem para dar ao texto coerência e coesão. As notícias de jornais, por exemplo, são excelentes para trabalhar essa habilidade, tendo em vista que, nesse tipo de gênero textual, há sempre a explicitação de um fato, das conse­qüências que provoca e das causas que lhe deram origem.

Descritor 12 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc

Que habilidade pretendemos avaliar?

Em todo texto de maior extensão, aparecem expressões conectoras – sejam conjunções, preposições, advérbios e respectivas locuções – que criam e sinalizam relações semânticas de diferentes naturezas. Entre as mais comuns, podemos citar as relações de causalidade, de comparação, de concessão, de tempo, de condição, de adição, de oposição etc. Reconhecer o tipo de relação semântica estabelecida por esses elementos de conexão é uma habilidade fundamental para a apreensão da coerência do texto.

Um item voltado para o reconhecimento de tais relações deve focalizar as ex­pressões sinalizadoras e seu valor semântico, sejam conjunções, preposições ou locuções adverbiais.

Exemplo de iten:

Poluição do solo

É na camada mais externa da superfície terrestre, chamada solo, que se desen­volvem os vegetais. Quando o solo é contaminado, tanto os cursos subterrâneos de água como as plantas podem ser envenenadas.

Os principais poluentes do solo são os produtos químicos usados na agricultura. Eles servem para destruir pragas e ervas daninhas, mas também causam sérios es­tragos ambientais.

O lixo produzido pelas fábricas e residências também pode poluir o solo. Ba-terias e pilhas jogadas no lixo, por exemplo, liberam líquidos tóxicos e corrosivos. Nos aterros, onde o lixo das cidades é despejado, a decomposição da matéria orgânica gera um líquido escuro e de mau cheiro chamado chorume, que penetra no solo e contamina mesmo os cursos de água que passam bem abaixo da superfície.

{...}

Almanaque Recreio. São Paulo: Abril. Almanaques CDD_056-9. 2003.

No trecho “É na camada mais externa da superfície terrestre” (ℓ.1), a expressão sublinhada indica

(A) causa.

(B) lugar.

(C) finalidade.

  (D) tempo.

 

   Resposta: B

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Para desenvolver essa habilidade, o professor pode se valer de textos de gêne­ros variados para trabalhar as relações lógico-discursivas, mostrando aos alunos a importância de reconhecer que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido que se estabelecem entre os enunciados que compõem o texto. Os textos argumentativos, os textos informativos, como, por exemplo, as notícias de jornais, são excelentes para trabalhar essa habilidade.

Tópico V – Relações entre Recursos Expressivos e Efeitos de Sentido

 

Descritor 13 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados

Que habilidade pretendemos avaliar?

A forma como as palavras são usadas ou a quebra na regularidade de seus usos constituem recursos que, intencionalmente, são mobilizados para produzir no inter­locutor certos efeitos de sentido. Entre tais efeitos, são comuns os efeitos de ironia ou aqueles outros que provocam humor ou outro tipo de impacto. Para que a preten­são do autor tenha sucesso, é preciso que o interlocutor reconheça tais efeitos. Por exemplo, na ironia, o ouvinte ou leitor devem entender que o que é dito corresponde, na verdade, ao contrário do que é explicitamente afirmado.

Um item relacionado a essa habilidade deve ter como base textos em que tais efeitos se manifestem (como anedotas, charges, tiras etc.) e deve levar o aluno a reconhecer que expressões ou que outros recursos criaram os efeitos em jogo.

Exemplo de item:

Continho

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira danada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigário a cavalo.

— Você, aí, menino, para onde vai essa estrada?

— Ela não vai não: nós é que vamos nela.

— Engraçadinho duma figa! Como você se chama?

— Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé.

MENDES CAMPOS, Paulo, Para gostar de ler - Crônicas. São Paulo: Ática, 1996, v. 1 p. 76.

Há traço de humor no trecho

(A) “Era uma vez um menino triste, magro”. (ℓ. 1)

(B) “ele estava sentado na poeira do caminho”. (ℓ. 1-2)

(C) “quando passou um vigário”. (ℓ. 2)

  (D) “Ela não vai não: nós é que vamos nela”. (ℓ. 4)

 

   Resposta: D

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Sugerimos ao professor que, ao longo do processo de leitura, ofereça aos alu­nos o contato com gêneros textuais que utilizem largamente recursos expressivos, como propagandas, reportagens, quadrinhos, anedotas, entre outros, orientando-os a perceberem e analisarem os efeitos de sentido, recorrentes nesses textos.

Descritor 14 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações

Que habilidade pretendemos avaliar?

A habilidade que pode ser avaliada por meio de itens referentes a este descritor relaciona-se ao reconhecimento, pelo aluno, dos efeitos provocados pelo emprego de recursos de pontuação ou de outras formas de notação. O aluno identifica esses efeitos da pontuação (travessão, aspas, reticências, interrogação, exclamação, entre outros) e notações como tamanho de letra, parênteses, caixa alta, itálico, negrito, entre outros, e atribui sentido a eles.

Com este item, podemos avaliar a habilidade de o aluno utilizar estratégias de leitura que o levem a identificar o uso das reticências e o efeito gerados por elas para o sentido do texto. Neste caso, o sinal de pontuação colabora para a construção Unidade 4 Língua Portuguesa 52

 

do sentido global do texto, não se restringindo ao aspecto puramente gramatical da pontuação.

Exemplo de item:

O que disse o passarinho

Um passarinho me contou

que o elefante brigou

com a formiga só porque

enquanto dançavam (segundo ele)

ela pisou no pé dele!

Um passarinho me contou

que o jacaré se engasgou

e teve de cuspi-lo inteirinho

quando tentou engolir,

imaginem só, um porco-espinho!

Um passarinho me contou

que o namoro do tatu e a tartaruga

deu num casamento de fazer dó:

cada qual ficou morando em sua casca

em vez de morar numa casca só.

Um passarinho me contou

que a ostra é muito fechada,

que a cobra é muito enrolada

que a arara é uma cabeça oca,

e que o leão-marinho e a foca...

Xô xô, passarinho, chega de fofoca!

PAES, José Paulo. O que disse o passarinho. In: ____.Um passarinho me contou. São Paulo: Editora Ática, 1996.

A pontuação usada no final do verso “e que o leão-marinho e a foca...” (ℓ. 20) sugere que o passarinho

   (A) ainda tem fofocas para contar.

 (B) está confuso.

 (C) não tem mais fofocas para contar.

 (D) está cansado.

 

   Resposta: A

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Para trabalhar no texto os sinais de pontuação e as notações, especificamente, o professor pode orientar os alunos, ao longo do processo de leitura, a perceber e analisar a função desses sinais como elementos significativos para a construção de sentidos e não apenas para sua função gramatical.

É bom lembrar que os sinais de pontuação suprem na escrita os elementos da fala (como ênfase, pausa, continuidade, interrupção, mudanças de sentido) e ainda expressam estados de ânimo e intenções expressivas do locutor. Além dos textos publicitários que se utilizam largamente desses recursos expressivos, os poemas também se valem deles, o que possibilita o exercício de perceber os efeitos de sen­tido do texto.

 

Tópico VI – Variação lingüística

 

Descritor 10 – Identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto

Que habilidade pretendemos avaliar?

Por meio de itens deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno iden­tificar quem fala no texto e a quem ele se destina, essencialmente, pela presença de marcas lingüísticas (o tipo de vocabulário, o assunto etc.), evidenciando, também, a importância do domínio das variações lingüísticas que estão presentes na nossa sociedade.

Essa habilidade é avaliada em textos nos quais o aluno é solicitado a identifi­car o locutor e o interlocutor nos diversos domínios sociais, como também são ex­ploradas as possíveis variações da fala: linguagem rural, urbana, formal, informal, incluindo as linguagens relacionadas a determinados domínios sociais, como cerimônias religiosas, escola, clube etc.

Com este item, podemos avaliar a habilidade do aluno em identificar as marcas lingüísticas que evidenciam o domínio social, ou seja, o ambiente em que a palavra “tá” é mais comumente empregada em vez de “está”: se na escola ou em conversa com os amigos. O aluno também é solicitado a identificar se essa mesma marca lingüística “tá” é normalmente estudada nas gramáticas ou encontrada nos livros técnicos.

 

Exemplo de item:

Carta

Lorelai:

Era tão bom quando eu morava lá na roça. A casa tinha um quintal com mi-lhões de coisas, tinha até um galinheiro. Eu conversava com tudo quanto era gali-nha, cachorro, gato, lagartixa, eu conversava com tanta gente que você nem ima­gina, Lorelai. Tinha árvore para subir, rio passando no fundo, tinha cada esconderijo tão bom que a gente podia ficar escondida a vida toda que ninguém achava. Meu pai e minha mãe viviam rindo, andavam de mão dada, era uma coisa muito legal da gente ver. Agora, tá tudo diferente: eles vivem de cara fechada, brigam à toa, discutem por qualquer coisa. E depois, toca todo mundo a ficar emburrando. Outro dia eu perguntei: o que é que tá acontecendo que toda hora tem briga? Sabe o que é que eles falaram? Que não era assunto para criança. E o pior é que esse negócio de emburramento em casa me dá uma aflição danada. Eu queria tanto achar um jeito de não dar mais bola pra briga e pra cara amarrada. Será que você não acha um jeito pra mim?

Um beijo da Raquel.

(...)

NUNES, Lygia Bojunga. A Bolsa Amarela – 31ª ed. Rio de Janeiro: Agir, 1998.

Em “Agora tudo diferente:” (ℓ. 7), a palavra destacada é um exemplo de lingua­gem

(A) ensinada na escola.

  (B) empregada com colegas.

(C) encontrada nos livros técnicos.

(D) estudada nas gramáticas.

 

  Resposta: B

 

Que sugestões podem ser dadas para melhor desenvolver essa habilidade?

Naturalmente, essa competência (variação lingüística) deve ser trabalhada na sala de aula para que os alunos possam desenvolver as habilidades de reconhecer e identificar as marcas lingüísticas empregadas nos diversos domínios sociais. Para isso, o professor deve selecionar textos que evidenciem eventos de letramento com larga utilização das variantes lingüísticas. Temos, como exemplo, letras de música onde aparecem variantes de pronomes de tratamento, tirinhas, especialmente as de Chico Bento, revistas em quadrinho, trechos de diário, narrativas etc.

No entanto, é de fundamental importância que o professor, ao lidar com alunos que utilizam exemplos da língua não-padrão, identifique as diferenças e conscientize os alunos quanto a essas diferenças.

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